White Label #009 – Esse momento é de vocês, curadores
Sobre a oportunidade única de apresentar novidades.
Pra ler ouvindo: (e atenção nessa mina - Jayda G)
Olhando superficialmente para o line-up dos festivais que seguem anunciando suas edições 2021 pelo mundo, além de morrer de inveja, dá pra gente ver que o retorno dos eventos traz uma bela oportunidade a se considerar, do ponto de vista de curadoria: a chance de apresentar novos nomes, artistas “fora-da-caixa”, produtores inovadores, de vanguarda, enfim, compor uma grade artística equilibrada sim, mas que possa cumprir seu papel de farol de tendências sem muito medo de comprometer a receita. Afinal de contas, uma coisa é certa: o público tá doido pra se jogar numa experiência completona – e não necessariamente composta de “hitmakers” e “ticket sellers”.
Entretanto, há de se ponderar uma questão simples de branding. Evidentemente que a marca do festival precisa ter um histórico suficiente de experiência positiva para que o evento possa ter uma retaguarda de branding e segurar o reggae de um line-up mais disruptivo. É hora de explorar essa força da marca e economizar no line-up, sobretudo com o dólar nessa altura.
O Creamfields (UK) já esgotou 100% de seus ingressos. Esse SOLD OUT foi anunciado dia 25 de Fevereiro, e o evento só vai rolar no final de Julho. Tudo bem que os britânicos fizeram uma lista bem “obesa” de headliners. Mataram uma formiga com um elefante, né? Nem precisava tanta agressividade assim, mas o público agradece.
O Lollapalooza de Chicago vai celebrar 30 anos entre 29 de Julho e 1º de Agosto. O line-up é bem “a la Lolla”, que mescla o Pop, o Rock e os acts alternativos em ascensão. Gosto bastante. E gostei mais ainda de ver nosso Vintage Culture na lista.
Já o Tomorrowland repete sua bem sucedida edição virtual “Around The World”, que experimentei ano passado, com uma ajudinha da Beck’s com sua ação promocional “unlock”. Vintage Culture e Cat Dealers estão dentro. Aliás, ponto para os Cats, que anunciaram tour de 16 shows pelos EUA.
O Burning Man segue o mesmo caminho, tentando manter seu DNA de interação com a comunidade mesmo no ambiente digital. O mais interessante do Burning Man é sua estratégia de nunca divulgar o line-up. Você vai pela experiência, o resto é lucro.
Desde sempre, o que me motiva a ir a um evento, é sua proposta artística, essencialmente. Agora, quando você vai de mente aberta e descobre um novo artista que transforma sua experiência, aí é que a mágica acontece. Então é isso, Brazeel. Deixo meu recado como um humilde espectador aos curadores e diretores artísticos: surpreendam-nos, por favor. A hora pra isso, mais do que nunca, é agora.
3 DROPS ANTES DE TERMINAR...
_ #MeRepresenta esse artigo de Eduardo Simon, CEO da DPZ&T, sobre o papel da Propaganda, de interromper menos e entreter mais. A quem trabalha com Comunicação, recomendo a leitura e a devida reflexão sobre uma produção de conteúdo mais criteriosa e mais divertida, sempre, colocando o consumidor no centro da estratégia e, quando possível, dentro do conteúdo, literalmente.
_ O app Clubhouse já está disponível para Android. Agora o número de 10 milhões de usuários da plataforma pode ser definitivamente ampliado e, talvez, salvá-la em tempo, uma vez que já se comenta tanto que “nasceu de umbigo roxo”.
_ E esse vídeo promocional da Pepsi para promover o show do Marshmello na abertura da final da UEFA Champions League em Porto, dia 29 de Maio? I-RA-DO!
E, enfim, sextou! Experimente meu tradicional WLN #Top3 (toda semana 3 tracks pra você descobrir):
01. Karizma – Good Morning (Kaytronik Remix)
02. Folamour – Petit Prince Du Macadam
03. The Avalanches – Since I Left You (Prince Paul Remix)
Até o próximo e-mail.
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