Quando voltam os eventos? Eu cansei dessa conversa, juro. Mais de um ano após o novo coronavírus ter chegado ao Brasil, a conclusão básica é simples: toda previsão é burra, sobretudo quando o objeto da previsão é o nosso amado Brazeel, onde se dá jeitinho pra tudo. Cada dia um golpe novo: vacinação forjada em um pátio de Minas; truque da seringa vazia; desvio de verbas pra qualquer ação que se faça; presidente querendo vestir a camisa da vacinação depois de tanto negacionismo e por aí vai.
Ao longo de 2020, com os reflexos da pandemia ainda batendo, eu simplesmente devorei tudo quanto era live educativa, talks e conferências, a fim de ouvir o que os grandes gurus (ou pelo menos os empresários mais influentes do setor de eventos no Brasil) sobre as previsões de retorno do mercado de eventos – de longe o mais impactado pela pandemia. Entrei num looping de ansiedade e frustração, ouvindo repetidamente essas respostas: “paramos pra olhar pra dentro”, “costumamos fazer reuniões quinzenais pra realinhar previsões”, “se o governo divulgar um calendário de vacinação, podemos calcular que”. Nada se concretiza e eu só sei que nada sei, mas...
Parece-me que vários desses players já avançaram em relação aos reagendamentos. O Só Track Boa, por exemplo, já marcou data pra um rolê inédito ‘no navio’ entre os dias 31 de Março e 02 de Abril de 2022. E acaba de soltar um calendário de 2021, deixando claro que é interno, a ser confirmado, em uma atitude de marca para além da transparência.
Enquanto isso, essa semana já pipocou esse vídeo do Blastoyz tocando em Israel no dia da independência pra uma galera deveras aglomerada. A banda Rüfüs Du Sol já abriu a terceira data de um show num estádio em Los Angeles, depois de esgotar os ingressos para os dois primeiros – rola em Novembro deste ano. A mesma banda é headliner de um outro festival chamado “iii points”, que rola em Outubro em Miami com um baita line-up. E eu já fui impactado por vários posts de festivais no Reino Unido com datas marcadas e confirmadas.
Mais uma vez, bate aquela deprê do atraso de mentalidade (ou seria covardia, né Gregório?) ao qual nosso chefe de estado nos submeteu. Eu preferiria estar falando sobre a tendência dos eventos híbridos e da forte entrada das marcas no universo dos games, mas ainda acho suficiente fazer um apelo aos colegas de eventos: menos previsões e muito cuidado com a desinformação, por favor.
3 DROPS ANTES DE TERMINAR...
_ Um instagram bem legal pra seguir: good fucking design advice. Cheio de lettering posts com mensagens motivacionais. Na pandemia vale.
_ Uma dica pra este fds: hoje (sexta), a partir das 19h00, tem live do Vintage Culture com participação de Illusionize e Meca. Amanhã tem mais, a partir das 16h00, com Dubdogz e Meca. Em meio a essa abstinência de rolês, é uma boa oportunidade de curtir a sonoridade que domina os grandes palcos eletrônicos do país.
_ Um vídeo rapidinho pra assistir: saiu ontem! Já está disponível no YouTube do Laroc Club o segundo episódio do documentário #LarocDoc, em edição especial sobre o Ame Laroc Festival, que se tornou o maior festival eletrônico de carnaval do país. Contém depoimentos de vários profissionais queridos que amam o que fazem e que dão o sangue pra fazer tudo acontecer. Recomendo!
E, enfim, sextou! Fica meu WLN #Top3 pra vocês:
01. Kings Of Tomorrow & Sandy Rivera feat. Alex Mills - White Flag
02. Raphael Saadiq – Skyy, Can You Feel Me
03. Underworld - Jumbo
Nos vemos no próximo e-mail.
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